- Sim estou bem, quero te ver, podemos nos encontrar?
- Podemos, mas aonde? Aonde você está?
- Me encontre no parque em uma hora.
Uma hora mais tarde Ana estava sentada na grama do parque, observando como ela sempre fazia. Era bom sentir o sabor da brisa batendo, fazendo seus longos fios de cabelo dourado voarem. Ana estava bem, por um lado ela estava bem, precisava falar com Diogo e contar-lhe o que estava acontecendo, ela confiava nele, ela precisava saber se ele estava disposto a enfrentar tudo pra ficar com ela, pois ela já tinha se decidido. Ela iria lutar por Diogo,até o fim. Não iria deixar uma oportunidade de ser feliz escapar. Não mais. Ele veio em sua direção com passos bem lentos. Ele estava mais bonito do que de costume, ele usava uma calça jeans velha e rasgada, uma camisa gola V, e com aquele seu estilo largado que Ana adorava. Era bom ver Diogo denovo, depois de ter ficado 3 semanas sem saber nada dele. Ela precisava pelo menos ouvir o som de sua respiração. Ele sentou ao lado dela e deu-lhe um dos famosos 'selinhos'. Os dois começaram a conversar então Ana resolveu contar tudo para ele. A reação de Diogo foi surpreendente, Ana não poderia imaginar. - Olha Ana eu gosto muito de você.
- Eu também gosto de você e você sabe disso
- Mas é que...
- É que o que?
- Não dá pra me envolver com alguém assim, você tem muitos problemas e sabe eu estou estudando vou me formar em breve, tenho uma carreira, não tenho nem tempo nem disposição pra enfrentar isso contigo.
Ana não estava acreditando nas palavras de Diogo. Ela não disse nada, apenas levantou e saiu do local aonde estava.
Ela caminhava rápido enquanto Diogo gritava seu nome, pedindo desculpas. É lá estava a Ana, novamente machucada, novamente decepcionada, novamente iludida. Se fosse em qualquer outro momento, Ana teria partido para a pior atitude, para a atitude a maioria das pessoas em seu lugar tomaria, " o suicidio" . Mas Ana percebeu que não valia apena.
Então pegou sua bolsa e saiu, foi viajar, e só deixou um bilhete para sua mãe. Ana foi para Fernando de Noronha, se hospedou num hotelzinho simples e ela estava bem. Ela percebeu que não precisava de ninguém para ser feliz, tudo dependia apenas dela, e ela tinha capacidade de fazer tudo o que lhe viesse à cabeça. Quando Ana voltou, estava irreconhecivel. Não era mais uma jovem problematica, era uma mulher, uma bela mulher. Que aprendeu a superar as dificudades da vida. SOZINHA ! E acredito que Ana tomou o seu rumo, conforme uma borboleta, finalmente ela conseguiu, voou e voou, e agora ela é dona do seu própio destino.
- - Por Janaína Marques